Sul do AM passa a contar com monitoramento meteorológico do IEAA-UFAM

Por Luís Castro*

A mesorregião sul do estado do Amazonas, formada por 10 municípios, passou a contar com a Sala de Monitoramento do Tempo e Clima do Instituto de Educação, Agricultura e Ambiente da Universidade Federal do Amazonas em Humaitá (IEAA-UFAM).

Desde março de 2024, a iniciativa do Grupo de Pesquisa Interação Biosfera Atmosfera na Amazônia (GPIBA) disponibiliza boletins de previsão do tempo para a região centro-sul do Amazonas, além de prognósticos mensais para os três meses seguintes, em parceria com o Sistema de Proteção da Amazônia (SIPAM).

Coordenada pelos meteorologistas e professores do IEAA, Dra. Juliane Querino e Dr. Carlos Querino, a Sala se destaca pela precisão das informações disponibilizadas para a região e pela capacidade de auxiliar órgãos públicos na tomada de decisões.

Em entrevista ao Portal da Ciência, a meteorologista Juliana Querino explicou que, muitas vezes, os modelos de previsão de tempo e clima apresentavam erros para a região sul, o que motivou a criação da Sala de Monitoramento.

“O ideal seria que nós tivéssemos um modelo de previsão para a região sul do Amazonas. Chegamos a conversar com o INPE (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) para tentar adaptar o modelo e aumentar a precisão das informações pra cá. Ano passado nossa porcentagem de acerto era entre 85% a 90%, mas o ideal é que aumente”, detalhou Querino.

Meteorologista e coordenadora da Sala de Monitoramento do Tempo e Clima para Mesorregião Sul do Amazonas e do Grupo de Pesquisa Interação Biosfera Atmosfera na Amazônia (GPIBA), prof. Dra. Juliane Querino.

A professora e coordenadora do GPIBA enfatizou a importância do monitoramento para a prevenção de eventos climáticos na região. Para ela, “o meteorologista ou qualquer pesquisador não vai evitar o problema. Mas ao trazer informações, nós temos como planejar e minimizar os impactos que podem ser causados”.

A Sala de Monitoramento, que atua como uma ação de extensão no IEAA, conta com a participação de 15 alunos de diversos cursos da instituição.

“A meteorologia é muito disciplinar. Nós temos os alunos de graduação e mestrado dos cursos de Engenharia Ambiental e Ciências Ambientais, mas qualquer pessoa poderia trabalhar. Alunos de Pedagogia ou Letras, por exemplo, poderiam nos ajudar na maneira em como nós podemos conversar com a sociedade, para que todos possam entender quando falamos de clima”, destacou Juliane.

As ações realizadas pelo GPIBA, como os boletins meteorológicos e outras atividades de extensão, estão disponíveis no site e redes sociais do Grupo de Pesquisa.

*Repórter do Portal da Ciência, sob a supervisão do Prof. Me. Gabriel Ferreira

Foto: Portal da Ciência

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