Por Mayson Nogueira*
Um projeto que está em desenvolvimento desde dezembro de 2024 pelo curso de engenharia eletrônica da Faculdade de Tecnologia (FT), da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), busca trazer simplicidade e clareza aos diversos conteúdos de física, tanto para os universitários dos cursos de exatas quanto para estudantes das
escolas de Manaus.
Intitulado “Laboratório Interativo de Física”, a moldagem do estudo está em fase de protótipos com a utilização de QR code contendo estruturas básicas de circuitos. Na prática, os alunos podem ver o funcionamento de um circuito de corrente elétrica e derivados, através da realidade aumentada com objetos virtuais criados no
mundo real e também está em trabalhos de inclusão novos sistemas, mais complexos e realistas, que pudessem mexer e acrescentar mais.
Luanne Vasconcellos, aluna de engenharia eletrônica e desenvolvedora do projeto, destaca a importância do contato mais aproximado dos alunos com os conceitos de física sendo vistos na prática, de maneira didática e tecnológica, buscando evitar as monotonias de aulas teóricas.
“Pensamos no problema de aulas chatas, monótonas, e estamos desenvolvendo esse projeto que fosse mais interativo, para que os alunos não se entendessem tanto na sala de aula também. Pensamos num laboratório interativo, que é o nome do projeto com realidade aumentada”, destaca Luanne.
Orientada pelo professor Frederico Pinagé, do curso de engenharia eletrônica, Luanne mencionou como os alunos recepcionaram a invenção tecnológica e didática para os conteúdos de física, tanto na universidade quanto na escola.
“A gente apresentou também para os alunos do ensino médio, e para eles isso foi marcante, foi surpreendente para eles”, afirmou.
Em relação ao desenvolvimento, foi utilizado a linguagem de programação “CSharp”, voltada para movimentação de diversos circuitos projetados dentro do QRCode e foi usada a “Unity”, plataforma famosa dentro do universo de programadores para a criação de jogos, visando ser interativo. No áudio abaixo, Luanne explicou, de modo geral, como funciona o QR Code programado.
Ouça a entrevista

Com apoio do projeto SUPER e com financiamento da Samsung, o objetivo é criar um aplicativo onde qualquer aluno de exatas trabalhe com os conceitos de física de maneira rápida e didática, mesclando a realidade aumentada com aprendizagem, das suas próprias casas usando celular, portando o QR Code já programado com os circuitos e capacitores.
“Nosso projeto ficou simples e automático. A ideia é a gente criar um aplicativo para que as pessoas manusearem das suas próprias casas, com um celular ou qualquer aparelho de smartphone, aí eles escaneiam o QR Code e conseguem ver através da câmera frontal do celular ou computador os circuitos ou capacitores, bem
dinâmicos”, encerrou Luanne.
*Repórter do Portal da Ciência (Sob a supervisão do prof. Me. Gabriel Ferreira)
Foto: Portal da Ciência